Translate

domingo, 31 de agosto de 2014

Book Haul de Agosto - Livros Adquiridos em Agosto


Hoje é final do mês de Agosto e é dia de postagem dupla, mas não há problema...

E sim, tenho perfeita noção que este mês comprei livros a mais.... Ou talvez não, livros nunca são demais. Mas que tenho livros que me cheguem até ao final do ano, talvez... E duvido que fique por aqui, pois tenho uma lista enorme de livros que espero adquirir ainda em 2014.
Ora, vamos lá então. Estes são os livros que comprei neste mês de Agosto. Encontrarão um link onde os comprei, caso estejam interessados em adquiri-los também, e a língua em que estão escritos (embora dê para perceber quais são em inglês e quais são em português).
Uma nota: todos os livros foram adquiridos com o meu dinheiro, não sou patrocinada por nenhuma editora nem site de vendas nem nada semelhante. Apenas quero partilhar as pequenas coisas que me fazem sorrir, como ter mais uma prateleira cheia de livros que mal posso esperar para ler.

  • Warm Bodies, Isaac Marion (Inglês) - Compra Aqui
  • Legend (Legend Trilogy), Marie Lu (Inglês) - Compra Aqui
  • Prodigy (Legend Trilogy), Marie Lu (Inglês) - Compra Aqui
  • Champion (Legend Trilogy), Marie Lu (Inglês) - Compra Aqui
  • Half Bad – Entre O Bem E O Mal, Sally Green (Português) - Compra Aqui
  • Infecção, Scott Sigler (Português) - Compra Aqui
  • Hex Hall, Rachel Hawkins (Português) - Compra Aqui
  • O Portão do Corvo (Série O Poder dos Guardiões), Anthony Horowitz (Português) - Compra Aqui
  • A Estrela Maldita (Série O Poder dos Guardiões), Anthony Horowitz (Português) - Compra Aqui
  • A Sociedade das Trevas (Série O Poder dos Guardiões), Anthony Horowitz (Português) - Compra Aqui
  • Necrópolis (Série O Poder dos Guardiões, Anthony Horowitz (Português) - Compra Aqui
  • O Livro Inacabado de Dickens, Matthew Pearl (Português) - Compra Aqui
  • Do Not Open This Box Set (Wreck This Journal; Mess; This Is Not A Book; The Pocket Scavenger), Keri Smith (Inglês) - Compra Aqui
  • Reboot (Reboot Series), Amy Tintera (Inglês) - Compra Aqui
  • Rebel (Reboot Series), Amy Tintera (Inglês) - Compra Aqui
  • Branded: A Sinners Series, Abi Ketner & Missy Kalicicki (Inglês) - Compra Aqui
  • The Unbecoming of Mara Dyer, Michelle Hodkin (Inglês) - Compra Aqui
  • The Evolution of Mara Dyer, Michelle Hodkin (Inglês) - Compra Aqui
  • The Murder Complex, Lindsay Cummings (Inglês) - Compra Aqui
  • Proxy (Proxy Series), Alex London (Inglês) - Compra Aqui
  • Guardian (Proxy Series), Alex London (Inglês) - Compra Aqui

Destes todos pretendo adquirir ainda o terceiro livro da saga de Mara Dyer, The Retribution of Mara Dyer, de Michelle Hodkin, que irá sair em Outubro deste ano. Pretendo também adquirir a prequela para The Murder Complex, intitulado The Fear Trials, mas não está fácil de o encontrar. Não sei se Reboot e Proxy terão um terceiro livro (tenho que pesquisar) e suponho que Branded deverá ter continuação. Sei que Hex Hall tem pelo menos dois livros mais e Half Bad tem um segundo livro, intitulado Half Wild, mas ainda não existe a edição em Português, pelo que terei que esperar que a mesma saia para poder ficar com os dois livros da mesma colecção.

Destes todos encontro-me de momento a ler The Murder Complex e The Unbecoming of Mara Dyer, que quando acabar farei uma crítica, mas desde já digo que estou a adorar.
Além disso, tenho aqui quatro livros que não são de leitura, mas que são igualmente bons, o set de livros de Keri Smith, que me ajudam a distrair, a libertar o stress, a esquecer-me do mundo e fazem-me puxar pela criatividade e imaginação.

No final de Setembro, caso compre algum livro (e certamente irei), farei outro post deste género.

Até à próxima...


Incarceron, de Catherine Fisher

Título: Incarceron
Autor: Catherine Fisher
Género: Fantasia; Juvenil

Língua em que foi lido: Português
Ano de lançamento: 2007
Editora, edição, ISBN, capa: Porto Editora, 1ª, 978-972-0-04372-6, mole
Páginas: 336

Resumo do livro (sem spoilers): Uma prisão com vida própria e sempre vigilante dos seus reclusos; uma prisão tão grande que nela existem bosques e mares. É nesta prisão que decorre a história de Finn, que garante não ter nascido na prisão mas não tem memórias do seu passado, e o seu irmão de juramento, Keiro, quando decidem tentar escapar da mesma. Mas dizem ser um feito praticamente impossível pois apenas um homem no passado conseguiu fugir desta imensa prisão.
Fora da prisão é contada a história de Cláudia que vive num mundo futuristico semelhante ao século XVII, onde todo o avanço tecnológico é proibido. Cláudia irá ter que casar para garantir os interesses de seu pai, mas ao descobrir como entrar no escritório do seu pai, o seu mundo sofre uma reviravolta.

Avaliação: 3.5 de 5

Opinião (sem spoilers): Um excelente livro de fantasia, com excelente desenvolvimento de personagens e com uma história interessante, embora um tanto previsível.

As primeiras páginas do livro são um pouco confusas, demorei algum tempo até começar a compreender onde estava e o que se estava a passar. Apesar da escrita simples deste livro, conseguimos ter uma excelente noção do espaço que rodeia a acção pois as suas descrições conseguem ir até aos mais pequenos pormenores e conseguimos entender como é o espaço que nos rodeia. Achei as primeiras páginas um tanto aborrecidas, sendo que a partir de por volta das 77 páginas que a história começou a ficar mais interessante, com um desenvolvimento mais rápido.

É uma história cativante que nos consegue agarrar e querer saber o que irá acontecer a seguir. No entanto, é um pouco previsível no que toca ao envolvimento que irá existir entre Cláudia e Finn e, desde o momento em que o nome de Giles é anunciado, conseguimos perceber quem ele é de facto.

Todas as personagens têm um excelente desenvolvimento, todas elas vão crescendo e demonstrando a sua verdadeira essência com o passar da história.

O que peca, a meu ver, na história, é que por vezes é um pouco confusa no que toca às falas das personagens (quem está a dizer o quê quando envolve mais de duas personagens), a falta de descrição para alguns acontecimentos, como por exemplo, o que é o Protocolo (que só é revelado perto do final do livro, fazendo com que nas vezes anteriores em que é mencionado não dê para compreender ao certo o que é).
No final do livro ficamos com vontade de saber o que irá acontecer a seguir e queremos ler o segundo livro, A Lenda de Sapphique.

No geral, é um excelente livro, que embora seja bastante previsível, vale a pena a sua leitura.


O segundo livro da saga chama-se A Lenda de Sapphique. Ainda não o li, embora já o tenha. Assim que o faça, farei uma revisão do mesmo e a comparação com este primeiro livro.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A Rapariga Que Roubava Livros, de Markus Zusak



Título: A Rapariga Que Roubava Livros
Autor: Markus Zusak
Género: Romance

Língua em que foi lido: Português
Ano de lançamento: 2005
Editora, edição, ISBN, capa: EDITORIAL PRESENÇA, 15ª, 978-972-23-3907-0, capa mole
Páginas: 463

Resumo do livro (sem spoilers): A história passa-se em Molching, uma localidade perto de Munique, Alemanha, na época de 1939, durante a Segunda Guerra Mundial. Retrata a história da pequena Liesel, uma menina que desde muito cedo passa pelas mais difíceis advertências.
Este livro é narrado pela Morte que observa Liesel desde o primeiro contacto que a menina teve com a partida dos seus entes queridos. A menina é adotada por uma nova família e aí o seu pai adotivo, Hans, ensina-a a ler e a escrever, ao que ela desenvolve uma enorme paixão por livros. A sua mãe adotiva, Rosa, é resmungona e desde cedo faz Liesel trabalhar para ajudar em casa. No meio de tudo isto, Liesel conhece o meu melhor amigo, Rudy, com quem passa a vida a implicar.
Enquanto decorria uma caça aos judeus naquela altura, um antigo amigo de guerra de Hans, que acontece ser judeu, procura refugio na casa da família. É a partir daí que Liesel e Max se tornam grandes amigos, partilhando o gosto pela leitura. E no meio de tudo isto, há sempre um livro que desaparece.

Avaliação: 4 de 5

Opinião (com spoilers): Um dos meus livros preferidos. Uma narrativa incrível e única, um excelente desenvolver de personagens e, embora a história ande constantemente para trás e para a frente, tudo faz sentido no final e não há perguntas que fiquem no ar.

Falemos então das personagens. Existem diversas personagens neste livro, mas as principais são Liesel, Rosa e Hans Hubermann (os pais adotivos de Liesel), Max (o judeu) e Rudy (o melhor amigo de Liesel que insiste em roubar-lhe um beijo).

Liesel é uma criança no início do livro que passa por diversos infortúnios, desde ver o seu irmão morrer ao seu lado, a ser abandonada pela sua mãe e nunca mais ter contacto com ela. Apesar de tudo isso, é uma menina que acaba por ter os seus momentos de felicidade com a sua nova família. É uma menina de garra. Tem um enorme desenvolvimento do longo do livros, senti-mo-la crescer com o passar dos capítulos. Faz as suas traquinices apesar de ser demasiado crescida para a sua idade. É uma personagem impossível de não se gostar.

Passemos ao seu melhor amigo, Rudy. Rudy é um corredor nato. É o típico alemão...apenas que sonha ser Jesse Owens...que é negro. Um sonho que acaba por causa algumas situações caricatas, dignas de uma boa risada. É uma personagem divertida mas por quem sentimos empatia. É alguém que vemos crescer juntamente com Liesel.

Já Max é o judeu que se esconde na cave e trás momentos de aflição para a família mas que acaba por ser, no meu ponto de vista, a personagem mais importante para a vida de Liesel, pois apenas ele sobrevive juntamente com ela sendo, por isso, a única família que lhe resta. Com a história de Max ficamos a conhecer o passado de Hans, pois foram companheiros de guerra no passado. Max é uma personagem que não cresce, por assim dizer, mas que tem um papel fundamental para história. Não é uma personagem cómica, mas é uma personagem por quem criamos compaixão e que vamos querer que corra tudo bem com ele no final.

Os pais adotivos de Liesel, Hans e Rosa Hubermann, sempre estiveram dispostos a ajudar Liesel e a fazê-la feliz. Rosa é das minhas personagens preferidas, juntamente com Rudy. A sua máscara fria que usa perante Liesel acaba por torná-la uma personagem cómica mas, apesar da forma como trata a filha adotiva, sabemos que a ama apesar de tudo. Hans é quem ensina Liesel a ler e incentiva-a a escrever. É uma personagem de quem gostamos desde a sua primeira aparência no livro: é amável e gentil e está sempre disposto a ajudar os outros. Descobrimos muito sobre o seu passado e os seus medos graças a Max.

Todas as personagens estão interligadas e todas contribuem para a vontade de roubar livros que a pequena Liesel sente.

A narrativa está incrivelmente bem escrita. Embora não seja uma história contada com uma sequência certa, é um texto de fácil leitura e que nos agarra desde a primeira página. A omnipresença da Morte e a forma como a história é contada são únicas, tendo sempre o que quê de comédia e o seu quê de seriedade, tristeza e dor. No fundo, é um livro bem equilibrado no que toca a emoções. É um livro com um enorme desenvolvimento de personagens, todas elas crescem com o desenrolar da história e todas elas têm um papel fundamental na vida da personagem principal, Liesel. Retrata um pouco como era a vida na Alemanha na época da Segunda Guerra Mundial, mas não é um retrato maçador, como se fosse um livro de história. Faz referência a Hitler, à juventude Hitleriana e ao sofrimento dos judeus, mas de uma forma suave e interessante.


Resumindo, é um livro que aconselho vivamente. Apesar de ter perto de 500 páginas, é uma história interessante, capaz de agarrar os leitores desde o primeiro momento e que nos faz sentir as emoções das personagens e faz-nos sentir como se estivéssemos a viver as situações juntamente com elas.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Teorema de Katherine, de John Green



Título: O Teorema de Katherine
Título original: An Abundande of Katherines
Autor: John Green
Género: Romance

Língua em que foi lido: Português
Ano de lançamento: 2006
Editora, edição, ISNB, capa: ASA, 1ª edição, 978-989-23-2633-7, capa mole
Páginas: 266

Resumo do livro (sem spoilers): Collin Singleton é um rapaz prodígio – mas não génio - com uma perdição por raparigas com o nome Katherine. Agora, nas férias de verão e após o término da sua relação com a 19ª Katherine, ele e o seu melhor amigo, Hassan, decidem fazer uma viagem de carro pelo país para se esquecerem das coisas menos boas. Decidem parar em Gutshot, uma pequena terra no Tennesse, após Collin ter decidido ver a sepultura do Arquiduque Francisco Fernando. Aí conhecem a jovem Lindsey Lee Wells, uma paramédica em formação de 17 anos, e a sua mãe, Hollis, que trabalha numa fábrica de fios de tampões e que oferece a Collin e a Hassan para ficaram uns tempos em Gutshot com o intuito de trabalharem fazendo entrevistas a todos os habitantes que já trabalharam na fábrica. No meio de tudo isto, Collin decide inventar um teorema que preveja as suas futuras relações e seja capaz de adivinhar quem vai deixar quem após quanto tempo.

Avaliação: 2 de 5

Opinião (com spoilers): Dei uma avaliação 2 de 5 porque este livro foi, de longe, um dos mais aborrecidos que alguma vez li. É um livro com pouca ação e que demora bastante tempo até que as suas personagens comecem a desenvolver e a envolverem-se entre si; demora bastante tempo até que comecemos a ver o interior de outras personagens senão Collin.

Comecemos então por aí. Collin é um jovem prodígio que sempre se sentiu sozinho por ser isso mesmo e sempre sentiu pressão para ser bom e melhor. Mas Collin mostra-se como uma personagem irritante, egocêntrica, egoísta, picuinhas e incapaz de pensar nos outros. Apenas se vê a ele e aos seus sentimentos. Torna-se monótono e cheguei ao fim do livro farta dele. É uma personagem inteligente e intelectual, mas toda a sua intelectualidade não lhe serve de nada quando o que ele faz de melhor é ser a vítima de tudo o que lhe acontece. Vejamos o exemplo na página 224 quando, após Hassan e Lindsey terem perdido os respetivos companheiros por terem sido apanhados a traí-los: "(...) Mas Hassan parecia ter ultrapassado Katrina num abrir e fechar de olhos, e Lindsey acabara de entrar de rompante e a cantar no quarto de Collin, pelo que ele sentia que podia reclamar para si o título de Pessoa Deixada Mais Triste Da Casa, embora tivesse de admitir que já não queria K-19 de volta. Queria que ela telefonasse; queria que ela sentisse a sua falta; mas, por incrível que parecesse, sentia-se bem.". Aqui mostra a egocentricidade e o egoísmo de Collin, sendo que os seus amigos acabaram uma relação no dia anterior enquanto que Collin acabou a sua há um mês atrás, e ainda assim Collin sente que tem de ser o mais sofredor e coitado da casa.

Passemos para Hassan e Lindsey. Hassan é, a meu ver, a personagem mais cómica do livros e, sem sombra de dúvida, dei umas boas gargalhada graças à personagem. É o típico amigo gordo e tonto, sempre disposto a largar tudo para dar um ombro amigo a quem precisa e para fazer os outros rir. No entanto, Hassan releva-se muito mais do que apenas isso. No final do livros começamos a perceber o verdadeiro sofrimento de Hassan e qual a razão para a sua falta de motivação perante a vida. É uma personagem que evolui com o passar das páginas e que nos dá orgulho no final do livros.

Lindsey é uma personagem interessante. Inicialmente aparece como uma personagem sem aspirações e sem grandes sonhos, sempre com um sorriso na cara. Mas é uma personagem que muda de personalidade consoante as pessoas que a rodeiam. Com Hollis é uma coisa, com Collin e Hassan é outra e com os seus amigos e namorado é outra. Porém, e à semelhança de Hassan, é uma personagem que no final do livros se mostra uma rapariga com alguns dilemas e receios. É alguém com quem nos podemos identificar. Embora o seu desenvolvimento não seja tão marcante como o de Hassan, é uma personagem por quem acabamos de gostar.

Em termos gerais do livro: demasiada matemática. Embora seja uma matemática quase básica – pelo menos, à vista do autor – é uma matemática que aborrece os leitores que não se interessam pela matéria, tornando automaticamente o livro aborrecido. Além disso, a história é um pouco redundante e, como disse anteriormente, existe pouco desenvolvimento a nível das personagens e pouca ação durante 3/4 do livro. Apenas nos capítulos finais é que a história se torna interessante e que as personagens começam a mostrar o seu verdadeiro "eu".
Creio que a história tinha potencial para ser mais interessante e ser verdadeiramente um êxito, mas sinto que este livro foi escrito com alguma falta de imaginação, sendo que o autor teria a ideia principal do teorema mas sem saber o que fazer bem à sua volta, portanto criou palha no meio para encher páginas. Pessoalmente, não li 7 páginas do livro pois não achei que acrescentassem nada de novo à história; foram as páginas com a descrição de todas as Katherines com quem Collin namorou. Achei desnecessário, aborrecido, nada de novo para a história que já tinha sido contada, portanto, passei à frente.
Quanto à escrita em si, John Green demonstra, mais uma vez, a sua cultura geral e todo o seu saber. A narração é simples e adequada a qualquer idade. Existem os momentos hilariantes em que é impossível não rir, típicos da escrita deste autor, e existem os momentos em que acabamos por ficar um pouco mais instruídos.

No geral, é um livro que deixa muito a desejar, que peca pela sua falta de ação e desenvolvimento. Não recomendo a quem queira ler o seu primeiro livro escrito por Green pois, a meu ver, ele já escreveu melhor noutros livros. Acho que quem fizer deste o seu primeiro livros pelo autor, irá ficar desapontado. Não é dos piores livros que existem, mas também não é dos melhores.